🔊 Chama o PIOLHO DE CÚ pro papo!
E aí, minha gente, suave na nave? Pega a visão que o piolho aqui vai mandar o papo reto sobre uma fita que é sinistra demais da conta, sô! O bagulho é doido e acontece lá pras bandas de Belém, no Pará. Égua, maninho, a história é tão cabulosa que até hoje os taxistas de lá ficam boladões só de pensar na parada. Tô falando da lenda da “Moça do Táxi”. Cê é doido, doido!

Se liga no esquema: a história que o povo conta, de pai pra filho, de boteco em boteco, é sempre a mesma. Imagina a cena, tu tá lá no teu táxi, de boa , na calada da noite paraense, e de repente brota uma moça na beira da rua, perto do cemitério. Já começou sinistro, né? A guria entra, toda na dela, e pede pra tu levar ela pra dar um rolê pela cidade. Depois de umas voltas, ela pede pra tu cobrar a corrida na casa do pai dela. Até aí, suave, né? Mó paz. Só que não, meu chapa.
Quando o coitado do motorista chega na casa pra cobrar o dindim, a família olha pra ele com uma cara de quem viu fantasma. E, no fim das contas, foi quase isso. O pai da moça vira e fala: “Meu rei, mas que caô é esse? Minha filha já bateu as botas faz tempo!”. O taxista fica sem entender, achando que é migué, mas aí o pai mostra um retrato da falecida. E quem tá na foto? A própria passageira. Oxente, véi, o cara quase caiu pra trás! Um bagulho arretado demais, visse?
Essa história não é caô de pescador, não. O escritor Walcyr Monteiro, um cara de responsa, botou essa fita no papel em 1972, num livro chamado “Visagens e Assombrações de Belém”. Ele conta que a moça se chamava Josephina Conte, uma novinha que morreu com 16 anos, lá em 1936, de tuberculose. A treta toda teria começado cinco anos depois da morte dela. Um taxista pegou a Josephina em frente ao cemitério, levou a mina na Basílica pra ela rezar e depois deixou ela de volta no ponto de partida. Foi aí que ela mandou a clássica: “cobra do meu pai”.

Mas agora vem a parte mais sinistra da fita, o pulo do gato, o trem que deixa qualquer um de cabelo em pé. Quando a Josephina morreu, o pai dela, todo trabalhado na saudade, mandou uma foto da filha pra Itália, pra uns artistas sinistros fazerem uma lápide de mármore, toda chique. Quando a lápide voltou, a foto da Josephina no mármore tinha um detalhe que não existia na foto original: um broche em formato de carro na blusa dela. Qual foi, irmão?! O bagulho já nasceu predestinado, tá ligado? Parece até roteiro de filme, e não é que virou mesmo?
A galera da arte ficou tão maluca com essa história que a fotógrafa Walda Marques criou uma fotonovela da hora, e a cineasta Ziene Castro fez até um curta-metragem. A parada é tão forte no imaginário da galera que até hoje os taxistas de Belém ficam com o pé atrás. Passar perto do cemitério à noite? Mó caô, parceiro. Os caras ficam grilados, com medo de dar de cara com a Josephina e ter que fazer corrida de graça pra assombração.
Então é isso, meu povo. A lenda da Moça do Táxi é a prova de que esse nosso Brasilzão é cheio de história que desafia a lógica. Um bagulho doido demais da conta, que mistura fé, medo e o jeitinho brasileiro de contar um bom causo. O lek aqui não brinca em serviço, mané! Fica na fé, que essa história é pra contar pros guris e deixar todo mundo de orelha em pé. Barbaridade, tchê!